quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Crianças

Olá meus queridos leitores, nesse post falarei sobre algo que ultimamente tem me irritado e me entristecido muito, mas que também tem um poder único de trazer sorrisos e felicidade: as crianças. Algumas são “cheias de vontade”, querem tudo e ainda querem mandar nos pais e nos demais adultos a quem deveriam respeitar. Mas outras (ou até mesmo as supracitadas) têm o poder de com simples gestos nos deixar felizes e até surpresos.

Quanto as primeiras, às vezes me pergunto, se dizem que a tendência é piorar, será que eu terei paciência para ter filhos? Até lá eu rezo pra isso mudar ou para que eu saiba criar meus filhos, diferente desses pais que parecem não saber.

Hoje me deparei com uma cena que para mim é no mínimo inusitada: uma criança gritando com a mãe, enquanto esta tentava conversar com outra pessoa, “Tô com calor! Tô com calor! Tô com calor! Tô com calor! Tô com calor! Tô com calor!”, isso as 15h da tarde de um dia de janeiro no Rio de Janeiro ( ou seja, era o sol 14h por causa do horário de verão).

No lugar dessa mãe eu responderia “Que bom filha, você é normal... ruim seria se estivesse com frio em um dia como esse”. Sim, eu sei... Sou impaciente, mas tem crianças que merecem certas respostas.

Por outro lado, existem pais que merecem algumas respostas boas também, adoraria ser por um momento uma dessas crianças que se vê na rua com a mãe xingando-a de “filho da (vocês sabem o que)” para responder “Sou sim, mãe”.

Talvez, esse tipo de “educação” contribua para crianças cada vez mais respondonas, “birrentas” e por que não dizer mal educadas mesmo. Pois sabemos que a educação quando criança contribui muito para a formação do caráter da pessoa.

Por isso, muito me preocupa as crianças que crescem na guerra, que passam a infância fugindo de bombas e temendo qualquer barulho que seja. A chance de essas crianças crescerem revoltadas com a guerra e viverem em função de uma vingança é muito grande.

“Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos” Pitágoras.

Mas a imagem que quero guardar das crianças é daquela felicidade sincera, seja por ganhar um presente de R$ 500, 00 ou por ganhar aquele chiclete que ela tanto queria. Daquela frase simples e verdadeira que as crianças sempre têm e fazem você perceber que tudo poderia ser tão simples quanto elas imaginam, mas o “mundo adulto” sempre faz alguma coisa pra complicar tudo. É daquele sorriso sincero e contagiante que foi muito bem descrito por Victor Hugo quando disse “Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança”. Pois não conseguirá mesmo, é algo que vai muito além de explicações.

Sei que as pessoas que me conhecem acharão estranho eu dizendo isso, mas as crianças trazem alegrias. Mas, pelo menos por enquanto... Pra mim só traz por um curto espaço de tempo.

"Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos...".
(Mario Quintana)

4 comentários:

  1. Tocou no meu ponto fraco Beta. Trabalhei muito tempo com criança e te digo, no meu ver não há nada mais revigorante. Sabemos que hoje nós adultos (não só os pais) estamos em déficit com esses pequenos e especiais seres. São elas os seres humanos que mais precisam de nossa atenção.

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  2. Ninguém nasce por querer... Nada mais justo que os "culpados" se encarreguem de dar a criança... a esse ser humano tão dependente, carinho, amor, educação... tudo que ela precisa...

    "Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos” Pitágoras

    Boa colocação

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  3. Roberta.. como sempre, uma ótima coluna.
    E como sempre, boas citações. Pelo visto as aulas de Filosofia nem era tão inúteis assim.
    Em uma coisa eu discordo de você: eu acho que só depende de pessoas conscientes como nós para sabermos que, na hora de ter filhos deve-se ter muito cuidado. Em resumo, acho que é bem simples mudar essa infeliz visão que temos quase que frequentemente nas ruas.

    Acabei por aqui.


    Parabéns.

    Obs.: Devo dizer que estou orgulhosa em ver você tão sensível, descrevendo as crianças -as boas, é claro- de uma forma tão bonita como esta.

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  4. Hilariante como você colocou a cena que as pessoas veem nas ruas...rs!
    Muito interessante o texto. Embora eu queira muito ter um filho futuramente, eu também morro de medo de não ser boa mãe. Odiaria um filho tão cheio de vontades. Por outro lado, não tem como não pensar nos benefícios daquela coisinha fofa...

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